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19 fevereiro 2016

O Palácio do Conde de Vizela

aparece-nos aqui com o fulgor dos primeiros anos, após a limpeza recente da sujidade acumulada na fachada ao longo de decénios.

«Na urbanização das Carmelitas, que, realizada nos primeiros anos do século XX, ocupa a cerca do extinto Convento setecentista de S. José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças, Diogo José Cabral (1864-1923), grande capitalista do norte do país e 1º Conde de Vizela, deixará um dos mais impressionantes edifícios da zona central portuense. Destinado a alojar os escritórios da Fábrica do Rio Vizela, algumas lojas comerciais e o Clube Portuense, o Palácio desenha um extenso e monumental quarteirão, erguido sobre um lote que o Conde detinha na totalidade, destacando-se, ainda hoje, como peça ímpar na malha urbana da cidade.»

Continue a ler no sítio da Fundação Marques da Silva.

05 fevereiro 2016

S. Bento

A gare da estação ferroviária, durante a tarde de um destes dias de sol de inverno.

27 fevereiro 2015

As Estações de S. Bento

Partilham o nome e ambas são estações ferroviárias. Uma serve passageiros dos comboios urbanos e regionais que partem do Porto, a outra os da área metropolitana. Para além do nome e da partilha da localização na Praça de Almeida Garrett, têm mais em comum: foram projectadas por dois grandes nomes da arquitectura portuense, Marques da Silva - um homem que traçou muito do que o Porto é hoje - e Álvaro Siza Vieira - o arquitecto contemporâneo de renome mundial.

No tempo, estão separadas por um século. A primeira pedra da S. Bento dos comboios foi colocada em 1900 pelo chefe de estado de então, o rei D. Carlos, enquanto a estação da Linha Amarela do Metro do Porto veria a luz do dia já depois do fim do século, em 2005.

(prima para ver maior)

15 abril 2014

A Casa Allen

O palacete da rua António Cardoso em cujo jardim está, num canto recolhida, a Casa das Artes, foi residência de Joaquim Aires de Gouveia Allen (1890-1972). Membro de uma família britânica ligada ao negócio de vinhos, que se estabeleceu no Porto há dez gerações, Joaquim Allen era engenheiro de formação, foi cônsul da Grécia no Porto e era casado com a filha mais velha de Adriano Ramos Pinto. O seu bisavô foi o ilustre portuense João Allen (1781-1848), membro da Feitoria Inglesa e co-fundador da Associação Comercial , que instituiu o primeiro museu do Porto. Era neto de Alfredo Allen (1828-1907), paisagista, botânico e grande impulsionador do desenvolvimento da cidade, que recebeu das mãos de D. Luís I o título de Visconde de Vilar d'Allen.

A casa foi encomendada ao arquitecto Marques da Silva, numa zona da cidade onde, nos anos 20, proliferaram inúmeras residências de luxo pertencentes a famílias ilustres do Porto. Rodeada por um belo jardim, tem uma particularidade que surpreende quem a visita. A fachada nascente, trabalhada como o rosto da casa, com um pórtico colunado, não corresponde à entrada principal. Esta é feita através da fachada sul, que dá acesso a um átrio a partir do qual se articulam as divisões interiores. Talvez Joaquim Allen, que alterou o projecto inicial do arquitecto, tenha tomado esta decisão para usufruir de maior exposição solar.
A Casa Allen, que está a cargo da Direcção Regional de Cultura do Norte, foi classificada como Imóvel de Interesse Público em Outubro de 2012.

01 fevereiro 2012

Luz e Sombra na Paisagem Urbana - III

Rua das Carmelitas,
o Palácio do Conde de Vizela, projecto de 1908 alterado por Marques da Silva quando assumiu a direcção de obras entre 1920 e 1923.

08 agosto 2011

Rua Conde de Vizela

Foi traçada no século XVII, por iniciativa do padre Baltazar Guedes. No lado poente é composta por um conjunto de edifícios imponentes e de fachadas regulares construídos no início do século XX, características físicas que, juntamente com uma ligeira curvatura, fazem com que a rua pareça mais longa do que na realidade é. Chamou-se Rua do Correio, por ali ter funcionado o correio-mor do Porto. Deve a sua actual designação a Diogo José Cabral, o industrial que detinha a propriedade das casas e terrenos do lado poente, a quem foi concedido o título de Conde de Vizela, em 1900. Ei-la, vista de sul para norte...





... e junto à Rua das Carmelitas, numa ilustração do encontro de dois grandes arquitectos que definiram muito daquilo que o Porto é hoje: Marques da Silva, autor do palácio de dois torreões que liga Conde de Vizela a Cândido dos Reis, e Nicolau Nasoni, o visionário italiano que decidiu viver e trabalhar no Porto, a quem devemos a Torre e a Igreja dos Clérigos.

05 novembro 2010

As Quatro Estações

(de Marques da Silva)



A Primavera...



...o Verão...



...o Outono...



...e o Inverno...



...no número 100 da Rua das Carmelitas.

17 setembro 2010

Edifício "A Nacional"

Um projecto, de 1919, entre muitos outros com que o arquitecto Marques da Silva moldou parte daquilo que o Porto é hoje.





11 abril 2005

O sonho de António Nascimento

Ter o hábito de passear pelas ruas de uma cidade e observar atentamente as fachadas dos edifícios pode revelar-se compensador. Uma boa parte da história de cada urbe está aí inscrita, como se de um livro se tratasse. É só abri-lo e lê-lo, para podermos datar um prédio, avaliar as suas funções e até a ambição e o ideal de quem o mandou construir.



O edifício que é hoje conhecido como sendo da FNAC, na Rua de Santa Catarina, foi encomendado a Marques da Silva, um dos mais prestigiados arquitectos portuenses, por António Nascimento, um próspero industrial de marcenaria com fábrica no Freixo, intitulado o maior produtor de móveis da Península Ibérica. Era intenção do industrial construir um grande armazém de decoração de interiores.

Marques da Silva, depois de ter feito uma longa viagem pela Europa para observar estabelecimentos congéneres, apresentou o primeiro estudo dos Grandes Armazéns Nascimento em 1914. O edifício, contudo, só foi inaugurado em 1927.

A sorte terá andado arredia do laborioso industrial que viu a fábrica do Freixo destruída por um incêndio em 1934. António Nascimento foi assim obrigado a vender os armazéns em 1939.



Depois dessa data e até aos anos setenta, funcionou lá o Café Palladium. Este nome manter-se-ia nas Galerias Palladium, um pronto-a-vestir que terá durado até meados dos anos oitenta. Actualmente convivem naquele espaço duas multinacionais, uma de vestuário e outra de produtos culturais.

O interior dos grandes armazéns foi entretanto descaracterizado. Restou para a memória do presente, a fachada do edifício que Marques da Silva concebeu, à medida do sonho de António Nascimento.