31 julho 2014

Dias de bruma #2


5 comentários:

João Menéres disse...

Não me tem sido possível ir à marginal !
O que tenho perdido...

Carlos Romão disse...

Foi puro acaso, João Menéres.

Duarte disse...

Como disse na postagem anterior, é preciso estar ali, e equipado.
Boas fotografias, que plasmam uma característica própria da nossa terra.
No meu livro, "recordar é viver" escrevi assim...

Nalgum amanhecer, ou anoitecer, deixas-te cobrir por uma suave tela muito fina, o nevoeiro, essa ligeira bruma que te faz mais sedutor. Algumas vezes nem a navalha mais afiada te pode cortar. És assim de peculiar, oh Porto!
Observo que, por instantes, da superfície do Douro começa a elevar-se uma capa de vapor, o Douro parece que fumega! Ao longe vejo como uma mancha branquíssima e opaca se apodera, progressivamente, das margens do rio; foi asfixiando pouco a pouco candeeiros e edifícios, até fazer desaparecer tudo e envolver-me. A ponte da Arrábida parecia retroceder, como empurrada por uma força irresistível. O encanto daquela paisagem quebrou-se. É como se uma plácida noite de Outono se converte-se em algo sobrenatural, tão pálida como preta, tão transparente como impenetrável, deixando no vazio um longo traço opaco, até que me senti envolvido num véu de fantasia: só me rodeia o nevoeiro, tudo desapareceu pelo encantamento da fada mais terrível.

São coincidências!
Um abraço

Ricardo Porto disse...

gosto imenso das tuas fotos Carlos, que delicia

Carlos Romão disse...

Obrigado, Ricardo.